A história dos gêmeos siameses Bernardo e Arthur, de 3 anos, comoveu o país. Eles, que nasceram unidos pela cabeça – em um caso raro – foram finalmente separados, após passarem por uma cirurgia intensa de 27 horas.
Eles foram considerados os gêmeos craniópagos (unidos pelo crânio) mais velhos a serem separados da história da medicina. Além de 15% do cérebro, eles também compartilhavam uma veia principal que leva o sangue de volta ao coração, o que tornou o procedimento ainda mais arriscado.
“Quando você tem 1% de chance, você tem 99% de fé”, disse o neurocirurgião Gabriel Mufarrej, do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, à AFP.
A instituição de caridade médica Gemini Untwined, do Reino Unido, que ajudou a realizar o procedimento, descreveu o caso como "a separação mais desafiadora e complexa até hoje".
Após, o procedimento doutor Gabriel revelou uma conversa que teve com o doutor Owase Jeelani, médico inglês que é referência na área e que também esteve à frente da cirurgia. “Ele me disse: ‘Eu tenho certeza que a gente vai conseguir, pois estou sentindo a presença de Deus aqui com a gente!’”.
Antes da cirurgia, a equipe havia se reunido para fazer uma oração.
Redação