Influência cristã leva casais a quererem ter mais filhos
- VB Creations

- 16 de abr.
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Em meio ao declínio da natalidade no Brasil, um movimento cristão tem ganhado força entre casais que optam por não utilizar métodos contraceptivos, acreditando que os filhos devem ser recebidos como uma bênção divina. Essa escolha tem se expandido entre grupos conservadores e está associada a valores políticos alinhados à direita.
Os adeptos desse estilo de vida seguem o princípio da providência divina, sustentando que “primeiro Deus manda os filhos, depois as condições de criá-los”. A visão se baseia na interpretação bíblica de que a fertilidade é uma dádiva e deve ser acolhida sem restrições artificiais.
O movimento tem impulsionado um mercado específico, com a crescente oferta de serviços de ginecologistas, doulas e planejamento familiar voltado para métodos naturais. Paralelamente, influenciadores cristãos compartilham suas rotinas nas redes sociais, promovendo a valorização da maternidade e do papel tradicional da família.
Um dos principais expoentes dessa tendência é o ator Juliano Cazarré, que, após interpretar Jesus na Paixão de Cristo em Nova Jerusalém, em 2019, fortaleceu sua fé e seus valores cristãos. Pai de seis filhos, ele declara: “A gente está aberto a que a vida possa acontecer. Como eu sempre falo: ‘a vida quer viver’.” Suas publicações sobre a família reúnem milhões de seguidores.
O historiador Víctor Gama, especialista em conservadorismo e movimentos cristãos no Brasil, observa que o conceito de “abertura à vida” tem sido adotado por diferentes correntes dentro do cristianismo, fortalecendo um padrão de comportamento que vai na contramão da tendência global de queda na taxa de natalidade.
Redação















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