MP apura troca de carnaval por festival gospel
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- 6 de fev.
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A prefeita Flavinha Cunha, da cidade de Zé Doca, no Maranhão, está enfrentando uma ação judicial após anunciar a realização de um festival de música gospel durante o período de carnaval, substituindo a tradicional festa secular. O evento, intitulado Festival Adora Zé Doca, está programado para ocorrer entre os dias 1° e 4 de março de 2025. A mudança gerou polêmica, e a Justiça foi acionada em razão de alegações de discriminação religiosa e violação do princípio do Estado laico.
O autor da ação, advogado Jean Menezes de Aguiar, argumenta que o festival gospel fere a Constituição, pois privilegia uma religião em detrimento das demais, o que configuraria uma violação ao Estado laico. Ele também acusou a prefeitura de malversação de recursos públicos, considerando o evento como “segmentado e preconceituoso”. A ação pede a anulação do festival e a devolução dos valores gastos até o momento com a organização do evento.
Em resposta à ação, a prefeitura de Zé Doca afirmou que não cancelará a realização de eventos carnavalescos na cidade. Embora o Festival Adora Zé Doca seja um evento gospel, a administração municipal promoverá também o Zé Doca Folia, uma festa carnavalesca com artistas do meio secular, que ocorrerá uma semana antes, no período de pré-carnaval. O evento secular terá um custo mais elevado, de R$ 850 mil, em comparação aos R$ 475 mil destinados ao festival gospel.
A situação gerou um debate sobre a separação entre religião e Estado, com questionamentos sobre o uso de recursos públicos para eventos religiosos, e o caso continua sendo acompanhado de perto pela Justiça e pela população local.
Redação















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